Stéphane Charbonnier, ou Charb como era conhecido, era o editor do Charlie
Um dos fundadores do jornal satírico acusa Charb, uma das vítimas do atentado da semana passada, de "arrastar a equipa" para a morte, "exagerando" nos cartoons
Henri Roussel, 80 anos, contribuiu para a primeira edição do Charlie
Hebdo pós-ataque, o número especial que foi ontem para as bancas com uma
tiragem de cinco milhões de exemplares. Mas num texto dirigido ao
editor assassinado, Stéphane Charbonnier, publicado na revista Nouvel Obs, o fundador afirma que lhe atribui culpas pelo massacre da semana passada.
Considerando-o um "rapaz fantástico", Henri Roussel critica, no entanto, o editor, a quem acusa de teimosia e de arrastar a equipa para o "exagero", referindo-se à capa de 2011, com o profeta Maomé.
"Não o devia ter feito mas Charb voltou a fazê-lo um ano mais tarde, em setembro de 2012", recorda.
A acusação, na edição desta semana da Nouvel Obs, irritou o advogado do Charlie Hebdo há 22 anos, Richard Malka, que respondeu com uma mensagem indignada a um dos donos da Nouvel Obs e do Le Monde.
"O Charb ainda nem foi enterrado e a Obs não encontra nada melhor para fazer do que publicar uma peça polémica e venenosa sobre ele", lamenta. "No outro dia, o editor da Nouvel Obs, Matthieu Croissandeau, não podia chorar mais enquanto dizia que ia continuar a lutar. Não sabia que a ideia era esta", acrescenta.
Croissandeau já respondeu: "Recebemos este texto e depois de um debate decidi publicá-lo numa edição com liberdade de expressão. Parecer-me-ia preocupante censurar esta voz, mesmo sendo discordante, Em particular porque esta voz é uma das pioneiras do grupo".
Esta não é a primeira vez que Roussel discorda publicamente do Charlie moderno, tendo acusado o antecessor de Charbonnier de transformar a publicação num órgão islamofóbico e zionista.
Fonte_visao.sapo.pt
Considerando-o um "rapaz fantástico", Henri Roussel critica, no entanto, o editor, a quem acusa de teimosia e de arrastar a equipa para o "exagero", referindo-se à capa de 2011, com o profeta Maomé.
"Não o devia ter feito mas Charb voltou a fazê-lo um ano mais tarde, em setembro de 2012", recorda.
A acusação, na edição desta semana da Nouvel Obs, irritou o advogado do Charlie Hebdo há 22 anos, Richard Malka, que respondeu com uma mensagem indignada a um dos donos da Nouvel Obs e do Le Monde.
"O Charb ainda nem foi enterrado e a Obs não encontra nada melhor para fazer do que publicar uma peça polémica e venenosa sobre ele", lamenta. "No outro dia, o editor da Nouvel Obs, Matthieu Croissandeau, não podia chorar mais enquanto dizia que ia continuar a lutar. Não sabia que a ideia era esta", acrescenta.
Croissandeau já respondeu: "Recebemos este texto e depois de um debate decidi publicá-lo numa edição com liberdade de expressão. Parecer-me-ia preocupante censurar esta voz, mesmo sendo discordante, Em particular porque esta voz é uma das pioneiras do grupo".
Esta não é a primeira vez que Roussel discorda publicamente do Charlie moderno, tendo acusado o antecessor de Charbonnier de transformar a publicação num órgão islamofóbico e zionista.
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